Por isso, o primeiro passo é pesquisar o máximo que puder sobre a companhia – navegando pelo site, conversando com pessoas que já trabalhem na empresa ou buscando notícias em jornais e revistas. Essa pesquisa pode ajudar não só a escolher a roupa para o dia da entrevista, mas a pensar nas possíveis perguntas que terá de responder ou fazer ao entrevistador. A propósito, ensaiar um pouco com um amigo ou alguém da família pode ser bem útil.
Segundo Douglas, encarar uma entrevista como uma conversa pode ajudar o candidato, mas sem perder de vista que está sendo avaliado: é preciso ser objetivo, ressaltar o que realmente é relevante, e ser o mais verdadeiro e natural possível: “A linguagem corporal denuncia quando o que está sendo dito não é verdade”, revela Douglas.
O código de vestimenta da empresa nem sempre está no site, por isso não arrisque! Escolha um terno ou tailler de cores sólidas e formas básicas. É melhor parecer um pouco mais formal do que informal demais. Cuidados pessoais são obrigatórios: unhas curtas e limpas ou bem feitas, cabelos sempre limpos, bem cortados ou presos e, no caso dos homens, a barba sempre bem feita.
Segundo Douglas Almeida: “A pessoa deve se vestir de acordo com a vaga a que se candidata. Claro que não podemos exigir que um estagiário venha de terno e gravata, mas também não deve estar com a camisa para fora da calça, ou um tênis rasgado, e sim vestir-se de uma forma que cause uma boa impressão. Pode até ser uma calça jeans, mas nunca parecer que está vestido para uma festa de fim de semana”.
No dia, leve uma cópia do seu currículo e se tiver o seu portfólio. E lembre-se: cigarro e chicletes estão proibidos momentos antes da entrevista. Chegue pelo menos 10 minutos mais cedo. Esse tempo pode ser usado para preencher algum formulário. Ao encontrar o entrevistador, cumprimente-o com um firme aperto de mãos, apresente-se, e agradeça pela oportunidade, chamando-o sempre pelo nome.
Durante a entrevista, mantenha a calma. Responda cada pergunta de forma breve e assertiva. Procure falar corretamente, sem gírias. Tente mostrar o que você sabe sobre a companhia e o que você tem a oferecer, mas sem exageros ou falsa modéstia. Evite perguntas sobre benefícios e salários, a não ser que você receba uma oferta.
Agora se o nervosismo bater, procure manter a calma. Segundo o diretor da GE: “O nervosismo em si não é um fator que irá comprometer a entrevista, o mais importante para um entrevistado é ser verdadeiro”.
Mas concentre-se, não existe candidato ideal e sim perfis ideais: “Claro que os perfis variam de uma vaga para outra. Mas o que se procura sempre são candidatos com valores que correspondem aos valores da empresa. Na GE, por exemplo, valorizamos pessoas criativas, empenhadas em buscar soluções para os problemas do dia-a-dia corporativo, que gostem de trabalhar em equipe e que tenham perfil de liderança, ou seja, que consigam tomar iniciativa e mobilizar pessoas para a conquista de um objetivo comum”, afirma Douglas.